quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

apertos de mão familiares...

Com esse aperto de mão o PMDB deixa escapar a possibilidade de ser um pouquinho independente da malfadada tríplice aliança... retirando sua disputa para a Presidência do Poder Legislativo o PMDB deixa de se colocar no cenário catarinense como um partido protagonista, para se recolher a postura de meros conservadores dos interesses das centenárias "Famiglias" na Assembleia Legislativa. 

Com o PSD (DEM- PFL) no Governo do Estado, o PP, assim como um bom filho, a casa retorna!

Uma pena! o Estado fica de "mãos-atadas" perante as mazelas provenientes da má gestão de um governo que mistura o Público (de todos) com o Privado (de suas famílias)...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Jaison Barreto declara-se contra a Tríplice Aliança..

Homenageado em Balneário Camboriu o ex-senador Jaison Barreto não deixou por menos, aproveitou o espaço e manifestou sua indignação em relação tríplice aliança que governa Santa Catarina. O engraçado dessa situação é observar que foi preciso um político que não está mais atuando para alertar o malefício desse jogo de interesse que é a tríplice aliança, que tem como objetivo conservar as estruturas oligárquicas no estado. Parabéns Jaison Barreto pela coragem e que essa ação sirva de exemplo para demais políticos fazerem o mesmo.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Lula, Dilma e o PT: fatiados

 
Por Rodrigo Vianna, no blog  Escrevinhador:

Ainda em 2011, recém-iniciado o governo Dilma, ficaram claras as estratégias do governo vitorioso e da oposição derrotada pela terceira vez. Do lado petista, Dilma caminhou (ainda mais) para o centro, numa tentativa de conquistar setores urbanos (da nova e da velha classes médias) que se haviam afastado do PT durante os dois mandatos de Lula. Dilma aceitou a pauta da “faxina moral”, investiu na imagem da “gerente”, e evitou qualquer conflito com a mídia conservadora que é a verdadeira comandante da oposição no Brasil.

A presidente emitiu sinais de que concentraria toda sua energia na mudança de paradigma econômico: reduzir os juros, e abrir espaço para uma nova fase de desenvolvimento sem a hegemonia ostensiva do setor financeiro (o que inclui também as tentativas de reduzir os custos de produção, como no caso da energia). O arranjo adotado durante os dois mandatos de Lula, com juros altos e programas sociais massivos (Bolsa-Família, crediário popular, recuperação do salário mínimo, Pro-Uni), serviu para manter os rentistas e grandes empresários calmos – ao mesmo tempo em que trouxe para o PT imensas massas “descamisadas” que, no passado, não votavam no partido de Lula.

Escrevi, em 2011, que a escolha parecia inteligente: o PT ja tinha os setores de trabalhadores organizados (que votam na aliança de esquerda desde os anos 80) e as grandes massas que o governo Lula tirou da miséria. Dilma conquistaria a classe média, reduzindo ainda mais a margem de manobra da oposição.

O risco, no entanto, era evidente: tudo ficar igual. Se Dilma assume o discurso tucano do “gerenciamento”, afastando-se de qualquer confronto, evitando a “politização”, qual seria a diferença – no fim das contas – de votar num tucano ou num(a) candidato(a) do PT, em 2014?

Fragilizada pela terceira vitória lulista, a oposição midiática e o consórcio PSDB/DEM/PPS aceitaram o jogo, mas com uma nuance matreira: passaram a dividir PT, Lula e Dilma em 3 fatias. Lula seria o “atraso” populista, o PT seria quase uma ”quadrilha”, e Dilma seria a única aceitável nesse tripé – a gerente confiável. Se Dilma tomara a decisão de caminhar para o centro (abandonando a Reforma Agrária, engavetando a “Ley de Medios” que Franklin deixou pronta no fim do governo Lula, jogando no lixo avanços na Cultura da era Gil/Juca, entre outros pontos), a oposição tratou de atraí-la cada vez mais: “venha com a gente, longe de Lula e do PT você será bem tratada…”

A sedução, em parte, parece ter funcionado.

Assim, terminamos 2012 com a estratégia do “fatiamento” em pleno vapor: o PT recebe o carimbo de “quadrilha” no STF (o que não impediu que o partido conquistasse mais Prefeituras, incluindo a gigantesca São Paulo; mas foi suficiente para evitar uma vitória ainda mais consagradora para a sigla de Lula, que teve recuos inesperados em Salvador e Fortaleza, e resultados apenas razoáveis em cidades médias de todo o país), Lula vira o alvo no caso Rosemary (que, por outro lado, mostra o mergulho de parte do petismo na inaceitável tradição de velhacarias e patrimonialismo brasileiros).

E Dilma? Os geniais condutores da estratégia de comunicação da presidenta acham que ela se salvará sozinha dos ataques. Acreditam – ou fingem acreditar – no canto de sereia da velha mídia conservadora… Gostam de ver Dilma apontada como a condutora de um “novo PT”.

Não é preciso ser muito esperto para perceber que não há “novo” ou “velho” PT. O que existe é o PT – com sua história de erros e acertos. O velho e o novo ganham juntos, ou naufragam juntos. A arena da oposição é o “gerenciamento” e o “moralismo” udenista. A arena da centro-esquerda é a política, a defesa do Estado, das reformas democráticas e dos programas sociais. Dilma parece ter-se esquecido disso. Ou achou que seria possível manter isso tudo em banho-maria, enquanto se concentrava no rearranjo da economia?

Agora, em 2013, veremos iniciar-se a terceira etapa do “fatiamento” – que não foi concebido por Joaquim Barbosa, mas por Mervais e outros quetais. Enfraquecida a imagem de Lula e do PT (atenção, não estou dizendo que a imagem esteja irremediavelmente abalada; as pesquisas mostram que tanto Lula como o PT seguem como referência de defesa dos interesses populares, mas o partido está claramente na defensiva nos últimos meses), veremos se Dilma terá força para reagir aos ataques.

E eles já começaram. ”Mequetrefe”, diz um colunista sobre a presidenta. Outro comemora o “ano perdido” (2012) na economia. Inicia-se, no noticiário, um giro cuidadoso para incluir Dilma – ao lado de Lula e do PT – na mira dos ataques.

PT/Lula/Dilma juntos são fortíssimos. Quase imbatíveis. Sozinha, Dilma ainda é forte. Mas o jogo fica embolado. O povo teria que escolher entre uma “gerente” petista ou um “gerente” tucano. O PSDB já percebeu que há espaço pra avançar agora. FHC lançou Aécio. Nas pesquisas, ele está muito atrás de Dilma. Mas pesquisa a essa altura não diz muito. O que importa é o arranjo político.

Se o PSDB abandona o discurso raivoso da era Serra, e adota um tom mais centrista, a massa de eleitores pode se perguntar: vamos eleger pela quarta vez um(a) presidente(a) petista? Mesmo com tantos escândalos? Se PSDB e PT ficam parecidos, será que não é melhor apostar dessa vez naquele partido que – na mídia – não está carimbado como “quadrilha”? A avenida por onde os tucanos podem avançar é essa: ganhar dos eleitores o benefício da dúvida, o mesmo que o STF deixou de lado em 2012…

Ah, mas os tucanos tem outro carimbo – governam para os ricos, são privatistas e só pensam em agradar os empresários. Lula e o PT, não – esses governam para o povo. Mas quem está falando de Lula e do PT? Dilma não se afastou dos dois, ao traçar sua estratégia inicial há 2 anos?

Isso tudo, e mais o crescimento medíocre da economia pelo segundo ano seguido (a “gerente” não gerenciou?) permitem que a oposição – que respirava por aparelhos – ganhe ao menos o benefício de deixar o eleitor em dúvida. PT de novo? Será que não vale a pena mudar?

Se a eleição de 2014 for acirrada - como imagino que será – Dilma vai enfim perceber o erro que foi ter-se afastado das bases e das bandeiras históricas de Lula e do PT. Sacar na última hora o discurso de que “tucano é privatista” pode não colar – tantos anos depois de FHC ter saído do poder.

A oposição conseguiu fatiar PT, Dilma e Lula. Eles conseguirão se reagrupar - no imaginário popular – em 2014? Tempo para isso existe, de sobra. Mas o lulismo precisa sair da defensiva. Trocar “gerenciamento” por política.

Os tucanos querem Aécio para ganhar, apostando num “pós-Lula”. Mas não existe “pós-Lula”. O que está em curso é uma tentativa de derrotar o lulismo. No presente e na história. A ideia é afogar Lula e o PT num “mar de lama” tão intenso quanto aquele que levou Vargas ao suicídio em 1954 . Dilma acha mesmo que pode sair “limpinha” dessa batalha? Não vai funcionar…

Audiência Pública de instalação da Comissão Memória, Verdade e Justiça dos Jornalistas de SC


A Comissão de Direitos Fundamentais da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, CESUSC e Instituto Paulo Stuart Wrigth, promoveu nesta quarta-feira (05/11), às 19 horas, no Plenarinho da ALESC, Audiência Pública para instalação da Comissão Memória, Verdade e Justiça dos Jornalistas de Santa Catarina.
Participarão da atividade o Coordenador do “Projeto Direito à Memória e à Verdade” da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Gilney Viana, o jornalista Paulo Markun e o membro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Prudente Mello.

Antecipando esta atividade, nesta quarta-feira, às 15 horas, Gilney Viana concedeu entrevista coletiva, na Sala de Imprensa da ALESC.

Saiba mais sobre os convidados.

Gilney Amorim Viana

Médico e ambientalista, foi preso em 1970, sendo liberado com a anistia, em 1979. Foi Deputado Federal (PT/MT, 1995-1999), Deputado estadual (PT/MT, 1999-2002). Em 2002, participou da elaboração do programa de Governo de Lula na área de Meio Ambiente. De 2003 a 2007 foi Secretário da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente. Desde 2011 é Coordenador do “Projeto Direito à Memória e à Verdade” da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Entre outras obras, é autor de "131-D. Linhares. Memorial da Prisão Política" (1979), "Perspectivas da Social Democracia no Brasil" (1980), "Fome de Liberdade" (em parceria com Perly Cipriano, 1992) e "Poemas (quebrados) do cárcere" (2011).

Paulo Markun
Jornalista e escritor, trabalhou nos principais veículos de comunicação do país. Criou as revistas Imprensa e Radar, a edição paulista do Pasquim, o Jornal do Norte e a newsletter Deadline. Por dez anos, comandou o Roda Viva. Foi presidente da Fundação Padre Anchieta entre 2007 e 2010. É autor, entre outras obras, de "1961 - que as armas não falem", de 2001, "Meu Querido Vlado", de 2005, e do documentário "AI 5 - o dia que não existiu", de 2001.
Prudente Mello
Advogado do coletivo do Escritório DECLATRA, Mestre em Teorias Críticas do Direito pela Universidad Internacional de Andalucia (Espanha), e doutorando em Direitos Humanos e Desenvolvimento pela Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha (Espanha). Integra a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, é Diretor Institucional do Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (CESUSC) e assessor jurídico do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina.
* texto escrito por Kalyne Carvalho Jornalista Profissional – 0004107SC
Assessora de Imprensa – Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

FHC e seus transtornos...


FHC bem que poderia se passar por um sociopata, porém, consegue manter o status de sociólogo... Uma das características do sociopata é a tendência para enganar, indicada por mentir compulsivamente, distorcer fatos ou ludibriar os outros para obter credibilidade, vantagens pessoais ou prazer... Engraçado que o DC desta terça-feira destaca em seu discurso o ataque ao Governo Federal (nenhuma novidade em se tratando do grupo RBS) durante o encontro com prefeitos eleitos do PSDB em Brasília: “É uma vergonha. Este governo não tem nenhuma eficiência. Não tem por causa das malfeitorias e dos malfeitos. E isso não é uma questão de moralismo. É porque isso afeta os resultados. É o povo que paga por isso.” Com essa declaração não sei porque, em questão de segundos veio em minha mente a imagem nítida de Jack Nicholson num dos famosos filmes de sua carreira – O Iluminado... Aí logo em seguida comecei a me questionar....será que FHC além de pedir para esquecer o que ele escreveu está sutilmente pedindo querendo que esqueçamos o medíocre governo que ele comandou durante 8 anos??? ou ele mesmo já se convenceu que o fato de seu governo ter levado o país a falência não teve nada a ver com suas decisões enquanto presidente?? Talvez ele esteja jogando com a velha máxima: “uma mentira contada mil vezes se torna verdade” e esteja contando com a possibilidade da nova geração de eleitores (que não conheceu seu governo) acredite nas suas mentiras compulsivas? Ele só esquece de um detalhe.... a minha geração que sofreu na pele o seu desgoverno estará aqui para contar com detalhes a perversão que ele comandou...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

percepção da realidade no universo da mídia

 


Enviado por luisnassif, ter, 20/11/2012 - 14:26
Por Eduardo Ramos

Comentário do post "O caso Fantástico-UFRJ e o papel do CNJ"

No fantástico universo paralelo da grande mídia, temos um mundo virtual, é quase uma invenção, uma brincadeira como as cidades criadas na internet, onde qualquer um de nós pode ser um líder político, um surfista sarado, uma linda mulher... Seria engraçado e lúdico, se não detivessem essas empresas o poder tremendo de criar o que se chamou em outro post, de "percepção da realidade" nas mentes mais fragilizadas, o imenso rebanho que cegamente acredita nesse mundinho paralelo criado pelas "Globos da vida".
Se não, vejamos alguns casos óbvios dessa farsa absoluta que se tornou a veiculação na grande mídia.

1 - Lula X FHC - Lula foi tratado nos últimos dez anos, do seguinte modo: um incompetente metalúrgico, retirante nordestino semi-analfabeto, que deu uma sorte infinita de encontrar uma China próspera e compradora dos produtos brasileiros, e a sorte de ter tido um antecessor brilhante, o FHC, que domou a inflação, criou a lei da responsabilidade fiscal e entregou um governo azeitado, pronto para ser tocado pelo operário incompetente, cujo maior feito foi "preservar as bases político-econômicas" montadas por FHC.  O presidente tucano teria sido um brilhante pensador ao "tirar do Estado inchado e paquidérmico" as empresas deficitárias e cabides de emprego, como Telebrás, as empresas de Telefonia e Elétricas, a Vale do Rio Doce, infelizmente, não havendo tempo para se livrar da Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica.

Não podemos nos esquecer, é claro, que enquanto FHC foi um presidente limpo, que não permitiu a corrupção no Brasil, foi transparente nas privatizações, e representou divinamente o Brasil lá fora. Lula, chefiou o esquema do mensalão, fez o país passar uma vergonha danada por mal falar o português, e usar metáforas simplórias ao se comunicar com o povo, ou com jornalistas estrangeiros, é certamente um idiota ou um mentiroso, por ter comandado ou se omitido em relação à roubalheira perpretada pelos petralhas, que de modo odioso, querem se perpetuar no poder, esmagando a oposição e a mídia, que sonham em destruir.

Um estrangeiro que acompanhasse o Brasil de 1996 até hoje, pela rede Globo, ou Veja, Estadão e Folha, não poderia pensar diferente, e choraria de pena dos coitados dos brasileiros, que após perder um grande estadista e homem de visão, pobro e competente, votou no semi-analfabeto, ladrão, (ou idiota) e que só teve de bom a sorte que o acompanhou e a bendita herança recebida por Lula.

2 - Serra X Dilma - Esse mesmo estrangeiro não compreenderia porque o Brasil votou na ex-terrorista,  um poste sem personalidade própria, uma figura insossa, apagada, uma marionete do Lula, que a estava usando para "esquentar a cadeira" para o ex-presidente retornar triunfante em 2014. Já Serra, que fenômeno de homem público! Grande administrador, deixando marcas indeléveis e inovadoras enquanto prefeito e governador de São Paulo! O braço direito de FHC, comandante honesto, determinado, ousado, da privatização que tirou o Brasil do antiquado estatismo, e levantando bilhões de dólares, usados em.... (pulariam essa parte, isso não tem importância...)

3 - Mensalão - Esse estrangeiro, por fim, soltaria foguetes, choraria emocionado, pela limpeza ética comandada dessa vez, pelo novo Batman, um juiz, um ministro, comparável apenas ao juiz italiano Giovane Falcone, morto pela máfia, por causa da operação "mãos limpas". Joaquim Barbosa, sob a batuta do iluminado e democrático presidente do Supremo, o grandioso Ayres Brito, lavou a alma do povo brasileiro, acompanhado pelos sérios, dignos, imparciais, cultos, ministros Marco Antonio Mello, Celso Melo, Luiz Fux, e Gilmar Mendes, só para citar os mais empenhados na condenação da sórdida quadrilha, do "maior escândalo de corrupção existente na história do Brasil!" - ah!... em tempo... nosso amigo estrangeiro deploraria a existência da voz dissonante, o "amiguinho da D. Marise", mulher de Lula, o leniente ministro Lewandowski, um homem sem consciência moral, "parceiro dos mensaleiros". Uma exceção na nobre casa jurídica!

4 - a grande mídia X "esgotosfera" - claro, deixamos por fim a verdade mais absoluta desse mundinho virtual. De um lado, colunistas isentos, inteligentes, educados, civilizados, homens que buscam a verdade para repassá-la ao povo, gente culta, gente de caráter... Expoentes dessa mídia isenta? Reinaldo Azevedo, Merval Pereira, Eliane Catanhede, Dora Krammer, Noblat, Augusto Nunes. Jornalistas sérios, tanto que "trabalham em grandes empresas", não foram demitidos ou saíram, como os "merdinhas incompetentes que não conseguem colocação na imprensa tradicional", sim, estes mesmos, da "esgotofera", os vendidos, os "chapa branca", gente da pior espécie, Nassif, Paulo Henrique Amorim, Azenha, Eduardo Guimarães, gente que não busca a verdade, não busca o debate honesto, em suma, "petralhas" trvestidos de jornalistas. Imagina se um deles, um dia, alcançará a Academia Brasileira de Letras....? Quá quá quá!!!!!!!!

Paremos por aqui. Nesse mundinho de realismo fantástico, onde a verdade não vale nada, vale a intenção de destruir e esmagar os inimigos, custe o que custar, esses são apenas alguns dos exemplos do que uma grande parcela do nosso povo vê, escuta, e acredita!

Seu Nassif, prá essa gente, para os que mantêm esse mundo paralelo "no ar", essa reportagem da UFRJ, é pinto!

O pior ainda está por vir!

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-percepcao-da-realidade-no-universo-da-midia

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Paulo Alceu... Nosso "Lacerda"?


Todos os dias, de segunda a sexta, leio os Jornais diários... o interessante é que faço isso na esperança de encontrar uma boa matéria sobre os vários assuntos, principalmente de política... Vou confessar que não é uma tarefa lucrativa...
Hoje o colunista Paulo Alceu do Noticias do Dia superou no quesito sobre “desconhecer” o assunto que se escreve. Em sua coluna diária ele discorre sobre a conjuntura política da Argentina... o intuito é o mesmo dos editoriais de todos os jornais de circulação nacional que em sua maioria são de direita (mas não assumem), ou seja, rechaçar qualquer política que seja minimamente progressista.
Paulo Alceu começa errando pelo título “Pobre Argentina” sugerindo ao leitor uma visão negativa daquele país, que superou uma das suas maiores crises econômicas em 2001... crise essa que só teve algo parecido e registrado em 1890...é bom lembrar que a “pobre Argentina” ficou pobre e muito pobre quando nas mãos do Neoliberal e privatista Carlos Menen, que tinha os meios de comunicação ao seu dispor para implementar as reformas neoliberais na década de 90.
Nestor Kichner foi eleito em Maio de 2003 após um momento de turbulência na política, que contou com a sucessão de 3 presidentes em duas semanas e a nomeação de um presidente interino. Durante a presidência de Kirchner a Argentina reestruturou sua dívida interna e pagou as dívidas com o FMI, renegociou contratos com concessionárias e nacionalizou algumas empresas anteriormente privatizadas. Kirchner e seus economistas também prosseguiram com uma política de rendimentos e vigoroso investimento em obras públicas. Com esse esforço descomunal para reestruturar o país, após anos da irresponsabilidade de Carlos Menen e neoliberalismo em conluio e OVACIONADO PELA IMPRENSA, Cristina Kirchner (esposa de Nestor) foi eleita e reeleita presidente como a primeira mulher na América Latina a conseguir esta façanha.
Por essas e outras que Paulo Alceu foi infeliz (para não dizer outra coisa) em utilizar as páginas amarelas do panfleto nacional da Direita Reacionária (revista Veja) que entrevistou um dos sócios da maior oposição ao governo daquele país: o Jornal “La Nacion” na tentativa de me fazer acreditar que a Argentina passa por “momentos sombrios” ou que a Lei de Mídia passou a “impor controle total”...
É preciso que alguém avise Paulo Alceu que os momentos sombrios da Argentina foram em 2001 com a crise econômica e politica que a imprensa daquele país ajudou a patrocinar. Dizer que a Argentina vive um momento sem liberdade de expressão é no mínimo faltar com a verdade, a Argentina nem de longe passa por um momento de exceção, lá existem todos os mecanismos democráticos que um país necessita para que a liberdade de expressão seja garantida, nesse caso a alegação do colunista é leviana e está de acordo com aquilo que as empresas de comunicação desejam, ou seja, que a única verdade, ou a verdade absoluta parte da sua visão de mundo...
Por fim, Paulo Alceu em mais um de seus delírios “Lacerdistas” dá a entender que em alguns momentos, no Brasil, a liberdade de expressão corre perigo: “esses ventos, que por vezes influenciam por aqui, tomem outro rumo bem distante.” 
 

Depois dessa me pergunto, esse cara mora no Brasil? Ele acha mesmo que vou acreditar nessa estória? Ele acha mesmo que iremos esquecer do apoio das redes de comunicação à ditadura civil-militar no Brasil? Ou da edição do último debate entre Collor e Lula? Ou ainda das inúmeras tentativas de marginalizar os movimentos sociais e partidos ligados a construção da cidadania? Das edições dos Jornais televisivos contra o PT nas eleições municipais e Nacionais? O Caso do BolinhaGate na campanha para presidente em 2010? Acabamos de assistir uma das maiores tentativas de golpe nessas eleições com a exploração do caso Mensalão... e tem-se a coragem em dizer que por essas bandas a liberdade de expressão está em perigo? Só se o perigo for a falta de coerência e leviandade de uma mídia golpista e reacionária... Nesse sentido é que faço uma sugestão ao colunista Paulo Alceu, utilize outras fontes para suas matérias além das páginas amarelas da Veja ou correrá o risco em diminuir as vendas do seu jornal...